sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

As Vantagens de ser invisível





Charlie (Logan Lerman) é um garoto tímido e introvertido que está desesperado por ter que começar o ensino médio (o que significa trocar de escola). Charlie tem como único “amigo”, um diário no qual desabafa seus problemas. Na escola nova, Charlie chama a atenção do professor de inglês Mr. Anderson (Paul Rudd) que observando a inteligência do garoto e sua timidez, lhe encoraja a ser mais participativo e se torna uma espécie de conselheiro para o garoto.

Charlie logo faz amizade com os irmãos Sam (Emma Watson) e Patrick (Ezra Miller) que fazem parte de um grupo de “deslocados populares”. Juntos eles apresentam a Charlie um mundo novo de descobertas, algumas dolorosas outras nem tanto.


Stephen Chbosky foi o responsável pela transposição do romance de sua autoria para as telas. Chbosky dirigiu e escreveu o roteiro baseando-se no seu livro.


O diretor optou por fazer de “As Vantagens de Ser Invisível” um filme “psicológico”. Psicológico no sentido de que o controle narrativo está na mente do protagonista Charlie (Logan Lerman).


O diretor Stephen Chbosky imprimiu ao seu filme um modo de dirigir “inventivo”.  Com planos curtos, justaposição de cenas, elipses e flashbacks cheios de ritmo.


Stephen centraliza o seu roteiro no protagonista Charlie (Logan Lerman) e seus amigos Sam (Emma Watson) e Patrick (Ezra Miller). Além disso, o roteiro explora bem a relação do protagonista com seu professor Mr. Anderson (Paul Rudd) de maneira gradual, porém definitiva na vida de ambos.


O elenco é pequeno, e justamente por isso, Chbosky pode trabalhar as nuances de seus personagens. Garantindo momentos de destaque para todos.

Dentre eles não poderia deixar de citar Logan Lerman (Charlie), Emma Watson (Sam) e Ezra Miller (Patrick).


Logan se saiu bem interpretando o adolescente, porém, a estatura do jovem é de alguém que já passou da fase dos 15 anos (o ator tem 20 anos). Contudo, a atuação segura e convenente de Logan, torna isso quase imperceptível.


Emma Watson (Sam) e Ezra Miller (Patrick) tiveram dois dos papéis mais difíceis. Emma teve que demonstrar a evolução da sua personagem de maneira involuntária e a Ezra coube um desafio: construir uma interpretação com base nas entrelinhas e o ator se saiu muito bem nesse quesito.


Paul Rudd (Mr. Anderson) também se destaca pela interpretação afinada e pela relação que constrói em cena com o personagem de Logan Lerman (Charlie).


Dylan McDermott que interpreta o pai de Charlie não tem um maior destaque na narrativa. É uma pena, pois Dylan é um excelente ator e seria ótimo vê-lo com mais destaque, entretanto, o ator tem presença marcante em todas as cenas em que aparece.


A trilha sonora vai do Folk ao rock, combinando assim com o clima nostálgico do enredo e “embalando” as tramas dos personagens.



Stephen Chbosky foi bem sucedido ao representar o ideal de juventude que queria. Foi ousado na medida certa ao contar uma estória coesa e com atores que defendem muito bem seus personagens.


Se uma das intenções de Stephen Chbosky era deixar os espectadores com ânsia de irem atrás do seu livro (mesmo que involuntariamente), ele conseguiu, pois eu quero conhecer mais desses personagens.



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