Mostrando postagens com marcador Liv Tyler. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Liv Tyler. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Análise Fotográfica: Reine Sobre Mim

Atenção: Este texto contêm spoliers. 


"Reine Sobre Mim" gira em torno de Charlie (Adam Sandler) que perdeu sua esposa e filhas nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. A dolorosa perda acaba por fazer Charlie se trancar em seu mundo particular para não ter que enxergar a perda. Contudo, após encontrar um velho amigo dos tempos de faculdade Alan (Don Cheadle), Charlie é forçado a encarar seus medos e encontrar o equilíbrio para recomeçar.

O filme de Mike Blinder tem na fotografia de Russ Alsobrook um importante recurso narrativo. De uma forma muito particular ela (a fotografia) acompanha os “Ups” e “Downs” do personagem principal interpretado por Adam Sandler.

Á começar pelo uso de cores frias e um sombreado forte que permeia todo filme justamente por significar o estado de negação que o personagem está enfrentando. A opção por um tom azulado forte e intenso quase estourado exemplifica a intensidade do luto que o personagem esta enfrentando. As cores frias principalmente o azul (que aparece aqui de maneira quase gritante) dão um tom impessoal ao filme.

O jogo de luzes e o uso de um sombreado nas lentes em especial nas cenas noturnas garantem a dramaticidade que o filme necessita. Assim, a tensão dramática da narrativa e a “curva dramática” pelo qual o protagonista Charlie (Adam Sandler) passa durante o filme esta diretamente ligada as mudanças na fotografia.

Quando Alan (Don Cheadle) se aproxima de Alan com o intuito de ajudar o velho amigo de faculdade com o intuito de ajuda-lo a recomeçar a vida, a fotografia muda os tons no sentido de acompanhar as mudanças na vida do protagonista. Porém, tudo é feito de maneira gradativa e lenta.

A partir desse momento de “reintegração social” do protagonista há uma mudança em relação ao esquema de cores utilizadas na fotografia do filme. Há, uma entrada de cores mais quentes e vivas como o vermelho e uns tons em marrom o que acaba por se tornar mais palpável para o espectador, um contraponto interessante ao tom escuro azulado e por vezes acinzentado de outrora. Entretanto, as cores quentes não passam a predominar no filme, elas surgem pelas frestas de maneira gradual e tímida justamente para evidenciar a nova fase da vida do protagonista.

As cenas noturnas impressionam pela luminosidade utilizada nas lentes do diretor de fotografia Russ Alsobrook. Elas ganham uma luminosidade natural ainda densa é claro, mas se tornando mais branda não se interpondo ao rosto do ator e consumindo a tela como antes. A cena onde Charlie (Adam Sandler) é preso por policiais à luminosidade da fotografia na cena noturna se modifica para um tom mais brando com um aspecto mais natural.

Mas... Eu havia dito que “Reine Sobre Mim” é um filme cheio de altos e baixos. Pois bem, essa cena marca um retrocesso na vida do personagem principal e consequentemente na fotografia. Charlie (Sandler) é preso e internado em um instituto psiquiátrico. Neste momento, a fotografia da um retrocesso gigantesco para evidenciar a instabilidade emocional do personagem. Saem às cores quentes que já eram em menor escala e voltam às cores frias, mas em uma intensidade jamais antes vista no filme, o azul intenso chega a um tom “estourado” quase borrando a imagem. De certa forma, a fotografia vai de encontro ao branco do cenário do hospital psiquiátrico, transpondo assim a frieza do ambiente.

Após esse período de indecisão, Charlie (Adam Sandler) finalmente encontra o equilíbrio desejado. E isso acarreta em uma mudança na fotografia já pelo final do filme que acabe por dosar cores quentes e frias tornando não só a imagem que o espectador vê, mas o cenário com um aspecto mais neutro.




 


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Empire Records


Jovens de personalidades diferentes em busca de seus sonhos que amam música e com um objetivo em comum: salvar a loja onde trabalham Empire Records da falência. A tabua de salvação da loja parece ser a presença do cantor pop Rex Maning para uma tarde de autógrafos de seu novo álbum. Porém o que era para ser uma simples tarde de autógrafos se transforma a medida de que os sonhos dos jovens vendedores são revelados.



Partindo de uma premissa simples, porém interessante, Empire Records utiliza-se de uma formula que estava em alta nos anos 90: filmes que envolvem jovens com bandas ou tem a musica como elemento primordial. E Empire Records não foge a regra apoiando-se na trilha sonora, em citações musicais, metalinguagem, além do já citado elenco jovem.



Como o enredo do filme se desenvolve quase que unicamente em um único cenário (a loja que da nome ao filme) O diretor Allan Moyle optou por destacar os plots presentes no cenário da loja, para isso Moyle Fez uso dos planos descritivos para evidenciar os diversos momentos. Uso de closes, planos médios e plano-detalhe. A sucessão rápida de planos aliado aos elementos citados acima constituem o ritmo frenético do filme.






Quanto à montagem, Empire Records utiliza a montagem-linear (e em alguns momentos a montagem paralela). Outro elemento a se destacar na montagem é o fato de inserir o vídeo clipe na narrativa. A música sem dúvida é um elemento-chave em Empire Records.



A câmera panorâmica e plongee se fazem presentes na maneira de Moyle dirigir seu filme, em todos os momentos.



O roteiro de Carol Heikkinen foi constituído de tal forma de que todo o elenco tiveram o merecido destaque na narrativa. Carol também foi hábil ao inserir menções e referencias musicais no roteiro. Inclusive ao vídeo clipe da musica Crazy da banda Aerosmith.

 
Como foi dito todo o elenco se destacou, mas o elenco jovem se sobressaiu (talvez pelo fato da historia em parte se centralizar neles). Nomes como Liv Tyler , Johnny Whitworth , Ethan Embry e Renée Zellweger. Do elenco também destacam-se Anthony LaPaglia como o gerente Joe e Coyote Shivers como o músico Berko, especialmente em uma das cenas finais onde coyote canta sua musica sugarhigh juntamente com os personagens de Renée Zellweger (Gina) e Johnny Whitworth (A.J).
A trilha sonora é excelente, contendo musicas clássicas (destaca-se Sugarhigh- Coyote Shivers).



Concluindo , Empire records é um filme encantador e de grande valor fílmico. A exemplo de Cry-baby, “Empire” não foi um absoluto sucesso a época de sua estreia. Porém com o tempo seu valor foi reconhecido e reverenciado. Acredito que o filme merece uma continuação e não existe momento mais oportuno do que esse. Agora é torcer e esperar pra que Empire Records 2 venha logo.