quarta-feira, 27 de março de 2013

Especial Diretores:Quentin Tarantino




Nascido no dia 27 de março de 1963 em Knoxville no Tennessee Quentin Tarantino é hoje um dos mais populares diretores da geração dos anos 90 com um cinema exclusivamente autoral ainda que munido de referências Tarantino incorpora essas referencias ao seu estilo fílmico.
Criando um universo estético em seus filmes onde predominam as referências que ajudam a definir o estilo dos seus filmes. Estão lá à violência exacerbada, diálogos rápidos, menções a cultura pop, aos quadrinhos e animes.

Tarantino é conhecido pelos seus roteiros não lineares e enredos com varias tramas que convergem além de ser autor de grandes e poderosos diálogos e cenas marcantes. Seus filmes são carregados de força visual e de personagens e situações marcantes.

Seu primeiro filme foi “Cães de aluguel” (1992) escrito durante o período em que Tarantino trabalhava em uma locadora de vídeo-o que o influenciou fortemente.

Antes de lançar “Cães de Aluguel” Tarantino escreveu roteiros de filmes com “Amor a Queima Roupa” dirigido por Tony Scott, “Assassinos por Natureza” de Oliver Stone e “Um Drink no Inferno” dirigido por seu amigo e parceiro habitual Robert Rodriguez.

Em 1992 “Cães de Aluguel” finalmente é lançado revitalizando o cinema independente e colocando Tarantino no topo da lista dos cineastas em que se devia prestar atenção.

A consagração final veio com “Pulp Fiction” (1994) com uma historia com varias narrativas que se entrelaçam entre si e dividida em capítulos “Pulp Fiction” garantiu o primeiro Oscar da carreira do diretor o de melhor roteiro original (estatueta que ganhou novamente pelo seu mais recente filme “Django Livre” na mesma categoria).

Tarantino faz parte de uma geração de cineastas que aprendeu sobre a arte de se fazer um filme como espectador os assistindo e não em escolas de cinema, o que fez que ele se apaixonasse cada vez mais pela sétima arte – paixão essa visível em cada filme seu, pois em todos os filmes há um tributo à arte cinematográfica e aos seus múltiplos gêneros.

Abaixo, vamos conhecer mais sobre a sua filmografia aproveitando a data especial de hoje- hoje, dia 27 de março Tarantino faz 50 anos de vida e com uma carreira MUITO bem sucedida.


Cães de Aluguel (1992)

Na estreia de Tarantino na direção, ele nos apresenta a uma trama sobre um grupo de ladrões na preparação para se realizar um assalto e os conflitos decorrentes do mesmo. Um filme constituído principalmente de flashbacks e intersecções fílmicas e narrativas. Destaca-se pelo roteiro não linear, o uso da violência como método narrativo (que se tornaria uma de suas marcas) e inúmeras referências á cultura pop.

Pulp Fiction- Tempo de violência (1994)

Em seu segundo filme, Tarantino continua investindo em narrativas não lineares e no uso da violência como um artifício dramático. Ele aposta em tramas paralelas que se entrelaçam em um dado momento. Ao contar principalmente a história de Vicent Vega (John Travolta) e Mia Wallace (Uma Thurman) utilizando-se de flashbacks e FlashForwards além do usual travelling.
 Vale resaltar que aqui a violência é usada de forma verborrágica e as inúmeras citações a cultura pop presentes no roteiro-que vão de Eminem a Madonna.

Jackie Brown (1997)

Neste terceiro filme, Tarantino retorna ao gênero policial- ele já tinha realizado “Cães de Aluguel” em um tributo ao gênero Blaxploitation. Optando pela desconstrução da montagem e do roteiro e apostando nos flashbacks e FlashForwards com cortes certeiros e um travelling bem utilizado. “Jackie Brown” é um filme no mínimo interessante, ainda que sentimos falta da violência exacerbada de seus outros filmes, pois em “Jackie Brown ela aparece de forma implícita”.


Concebido originalmente como um único filme e dividido em duas partes devido à longa duração, “Kill Bill” nos apresenta a saga de vingança da “Noiva” (Uma Thurman). Tarantino apresenta uma narrativa não linear como é comum em seus filmes. No “primeiro volume”, Tarantino investe mais na ação e nas intersecções fílmicas em detrimento dos diálogos. Porém, no “segundo volume” investe mais nos diálogos e da maior embalsamento dramático aos personagens e a própria história. Tarantino confere ao filme uma direção coreografada e se revela um excelente diretor de atores.

Grindhouse: A Prova de Morte (2007)

Nesse longa, parte integrante do projeto Grindhouse, Tarantino presta homenagem aos filmes de horror dos anos 70. O diretor nos apresenta uma história que começa tímida, mas se desenvolve de maneira surpreendente. Uma direção de atores excelente e com o uso inteligente do corte seco. A construção de outro universo fílmico que de certa forma é uma representação da primeira história funciona, mas no inicio deixa o espectador meio perdido. Além das inúmeras referências e citações a outros filmes o destaque fica para a auto referência que Tarantino faz á própria obra.


A primeira vista pode parecer que “Django” é um filme “normal” em relação aos filmes anteriores do diretor no sentido que “Django” conta uma única historia (embora com diversos plots). Mas a força do filme esta na historia e personagens impactantes.  Apostando em uma direção ágil e em flashbacks bem constituídos ele realiza um filme nada menos do que épico ao prestar tributo ao gênero “Western”.



Curta metragem "Tarantino´s Mind" com Selton Mello e Seu Jorge onde eles divergem sobre as teorias de ligação entre os filmes de Tarantino.
     



  




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