domingo, 28 de julho de 2013

Especial Diretores:Paul Thomas Anderson






Nascido em 26 de julho de 1970 é um dos principais realizadores da atualidade. Filho de Edwina e Ernie Anderson um conhecido locutor da era do rádio. Paul cresceu cercado por cinema e todos os tipos e começou a dirigir seus pequenos filmes ainda jovem inclusive estudando na NY Film School, contudo abandonou suas aplicações acadêmicas e começou a assistir filmes por conta própria o que fez de Paul parte integrante de uma geração de realizadores que aprendeu sobre a arte cinematográfica como um cinéfilo espectador e não em escolas de Cinema.

Seu primeiro longa “Jogada de Risco” foi realizado em função do premio ganho no festival de Sundance com o seu curta “Cigarretes and Coffee”. Ali Paul Thomas definiria o que viria a ser o seu estilo: Planos longos, grande elenco e um modo independente de filmagem.

 A música é um elemento que é essencial no estilo de Anderson servindo como pano de fundo para os enredos de seus filmes tal qual “Boggie Nights” e “Magnólia”.

Desenvolvendo e aprimorando seu estilo filme após filme revelando- se um excelente diretor de atores com um uso predominante de closes. Certos temas predominam nas obras de Paul Thomas como a família e a fragilidade das relações humanas.

Dono de um estilo autoral Paul é o ultimo integrante de uma geração do cinema de autor o que infelizmente está se perdendo. Por isso este especial é sobre ele que imprime sua marca e estilo próprios em cada filme se renovando a cada trabalho.

Abaixo conheça mais sobre a filmografia do diretor.






Ambientado no mundo da jogatina e dos cassinos “Jogada de Risco” foi realizado em função do premio ganho no festival de Sundance por seu curta-metragem “Cigarretes and Coffee”. “Jogada de Risco” acaba se revelando um filme com estética caprichada e narrativa bem construída. No seu debut como diretor já podemos perceber temas e técnicas de filmagem que se tornariam recorrentes na sua carreira.



Ambientado no universo pornô da década de 70 “Boogie Nights” conta a história de um jovem que se transforma em Dirk Diggler a maior estrela pornográfica da época.  O filme acompanha o inicio, o apogeu e a queda de Dirk (Mark Wahlberg) e de toda uma era na indústria já que o filme discute a transição da película para o vídeo.

 Com planos longos e fechados, o diretor conferiu um aspecto intimista ao longa além da estética suja e o uso de uma montagem paralela permeada pelo interessante jogo de câmera que permitiu ao diretor construir essa atmosfera destrutiva além do uso potente da metalinguagem neste que além de confirmar o talento de Paul Thomas Anderson confirma o talento do seu protagonista Mark Wahlberg.



O filme mais ambicioso de Anderson tanto estética quanto narrativamente. Se “Boggie Nights” representa a confirmação do talento do diretor “Magnólia” representa o seu ápice. Com enredo que entrelaça vários plots Magnólia chama atenção pelo roteiro constantemente desfragmentado e pelo uso da música que age aqui de forma a engrandecer o suspense e oprimir a ação dramática em certos momentos. A direção coreografada de Anderson se encaixa perfeitamente nesse longa sobre a fragilidade das relações familiares e o poder do show business são os temas desse filme de grandiosidade magnânima dirigido por Paul Thomas Anderson.



Embriagado de Amor (2002)

Primeira incursão de Anderson na comédia, o longa narra a história de Berry (Adam Sandler) um homem antissocial. Com uma premissa simples o longa se destaca pela fotografia marcante e pelos belíssimos takes de longa duração marca registrada do diretor. A trilha sonora repleta de sons tribais refletem as emoções do protagonista. Merece destaque pelo uso do jogo de câmera que permeia a narrativa.


Sangue Negro (2007)

Drama épico protagonizado por Daniel Day-Lewis que interpreta Daniel Plainview um minerador que vê possibilidades de riqueza em um campo dominado pelo culto religioso. O longo se destaca pela montagem episódica e pelos cortes e sobreposições que Paul imprime ao seu filme. A trilha sonora composta por Johnny Greenwood guitarrista da banda Radiohead se destaca pelo som orquestrado por vezes quase estridente presente na trilha.




Mais uma vez Paul Thomas retoma o tema da religiosidade em seus filmes. Dessa vez abordando a seita fictícia “A Causa” – uma alusão a popular cientologia.  Ambientado nos anos 50 “O Mestre” aborda a criação da “Causa” por Lanchester Dodd (Philip Seymour-Hoffman – parceiro habitual do diretor) e Freddie (Joaquin Phoenix). As marcas do diretor estão aqui. Roteiro engenhoso, planos longos e cortes sobrepostos aliados a uma fotografia elegante e uma montagem estruturada que sustenta o filme. O Mestre é sem dúvida um filme que provoca reflexão a respeito do papel da religião na sociedade atual, poder monetário e força midiática.




Anderson também dirigiu alguns vídeo clipes. O último da canção "Hot Knife" da cantora Fiona Apple saiu há alguns dias.











O curta "Cigarretes and Coffee" 


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