Charlie (Logan Lerman) é um garoto tímido e introvertido que está desesperado por ter que começar o ensino médio (o que significa trocar de escola). Charlie tem como único “amigo”, um diário no qual desabafa seus problemas. Na escola nova, Charlie chama a atenção do professor de inglês Mr. Anderson (Paul Rudd) que observando a inteligência do garoto e sua timidez, lhe encoraja a ser mais participativo e se torna uma espécie de conselheiro para o garoto.
Charlie logo
faz amizade com os irmãos Sam (Emma Watson) e Patrick (Ezra Miller) que fazem
parte de um grupo de “deslocados populares”. Juntos eles apresentam a Charlie
um mundo novo de descobertas, algumas dolorosas outras nem tanto.
Stephen
Chbosky foi o responsável pela transposição do romance de sua autoria para as
telas. Chbosky dirigiu e escreveu o roteiro baseando-se no seu livro.
O diretor optou
por fazer de “As Vantagens de Ser Invisível” um filme “psicológico”. Psicológico
no sentido de que o controle narrativo está na mente do protagonista Charlie (Logan
Lerman).
O diretor
Stephen Chbosky imprimiu ao seu filme um modo de dirigir “inventivo”. Com planos curtos, justaposição de cenas,
elipses e flashbacks cheios de ritmo.
Stephen
centraliza o seu roteiro no protagonista Charlie (Logan Lerman) e seus amigos Sam
(Emma Watson) e Patrick (Ezra Miller). Além disso, o roteiro explora bem a
relação do protagonista com seu professor Mr. Anderson (Paul Rudd) de maneira
gradual, porém definitiva na vida de ambos.
O elenco é pequeno,
e justamente por isso, Chbosky pode trabalhar as nuances de seus personagens. Garantindo
momentos de destaque para todos.
Dentre eles não
poderia deixar de citar Logan Lerman (Charlie), Emma Watson (Sam) e Ezra Miller
(Patrick).
Logan se
saiu bem interpretando o adolescente, porém, a estatura do jovem é de alguém que
já passou da fase dos 15 anos (o ator tem 20 anos). Contudo, a atuação segura e
convenente de Logan, torna isso quase imperceptível.
Emma Watson
(Sam) e Ezra Miller (Patrick) tiveram dois dos papéis mais difíceis. Emma teve
que demonstrar a evolução da sua personagem de maneira involuntária e a Ezra
coube um desafio: construir uma interpretação com base nas entrelinhas e o ator
se saiu muito bem nesse quesito.
Paul Rudd (Mr.
Anderson) também se destaca pela interpretação afinada e pela relação que constrói
em cena com o personagem de Logan Lerman (Charlie).
Dylan McDermott que interpreta o pai de Charlie não tem um maior destaque
na narrativa. É uma pena, pois Dylan é um excelente ator e seria ótimo vê-lo
com mais destaque, entretanto, o ator tem presença marcante em todas as cenas
em que aparece.
A trilha sonora vai do Folk ao rock, combinando assim com o clima nostálgico
do enredo e “embalando” as tramas dos personagens.
Stephen Chbosky
foi bem sucedido ao representar o ideal de juventude que queria. Foi ousado na
medida certa ao contar uma estória coesa e com atores que defendem muito bem
seus personagens.
Se uma das intenções
de Stephen Chbosky era deixar os espectadores com ânsia de irem atrás do seu livro
(mesmo que involuntariamente), ele conseguiu, pois eu quero conhecer mais
desses personagens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário