Pat (Bradley
Cooper) é um cara com a existência em suspenso. Bipolar, perdeu a esposa, a
casa e o trabalho. Obrigado a voltar a viver com os pais Patrizio (Robert de
Niro) e Dolores (Jacki Weaver), Pat precisa reconstruir sua vida e deixar o
passado pra trás e com a inesperada entrada de Tiffany Maxwell (Jennifer
Lawrence), uma jovem viúva que ainda vive no passado, a sua vida, eles podem colocar
a vida de ambos nos eixos novamente.
O diretor David O. Russel focalizou seu enredo na reconstrução pessoal de Pat (Bradley Cooper) e sua reintegração a sociedade ao mesmo tempo em que tente aceitar e tratar a sua visível bipolaridade. Por isso, investiu na câmera panorâmica e em cenas curtas e ágeis de modo a evidenciar a jornada pessoal do protagonista.
David também
aposta em planos descritivos, justaposição de cenas e flashbacks munido de
movimentos de câmera furiosos, sobretudo nas cenas em que fica evidencia a
bipolaridade de Pat (Bradley Cooper).
O roteiro é atípico no sentido de que ele coloca o personagem principal
retornando da clinica psiquiátrica sem que o espectador saiba o motivo da sua
estada lá (além da evidente bipolaridade é claro).
O diretor opta
pelo uso de elipses, flashbacks e flashforwards, além da já citada justaposição
de cenas para construir o perfil psicológico de seu protagonista.
A montagem do filme deveria trabalhar a favor do roteiro e do seu potente enredo (e na maior parte do tempo trabalha). Entretanto, uma elipse mal montada acaba por se tornar o calcanhar de Aquiles de “O Lado Bom da Vida” que tinha tudo para ser considerado excelente.
A trilha sonora do filme aposta em 3 vertentes principais: a música instrumental, pop e folk de artistas com Steve Wonder e Jessie J(que canta a música tema do longa), conferindo assim um certo sentimentalismo nada barato ao filme.
Bradley
Cooper interpreta Pat com uma vivacidade impressionante. Ao passo que
administra muito bem as diversas nuances (e contrastes) de seu personagem. Bradley
desenvolveu uma perfeita construção de seu expansivo personagem, inclusive nos
altos e baixos do personagem. Entregando uma interpretação, sobretudo
emocional.
Jennifer
Lawrence imprime em Tiffany uma interpretação contida, mais fechada. Jennifer
investiu em uma interpretação retraída que caiu como uma luva a sua personagem,
tendo em vista que Tiffany vive os dissabores da recente viuvez (ainda que a
sua maneira).
Ao mesmo tempo, sua atuação contida funciona como um contraponto interessante á atuação expansiva de seu colega de cena, Bladley Cooper (Pat).
Ao mesmo tempo, sua atuação contida funciona como um contraponto interessante á atuação expansiva de seu colega de cena, Bladley Cooper (Pat).
Robert de
Niro e Jacki Weaver que interpretam o pai e a mãe de Pat respectivamente
brindam o espectador com atuações inspiradas.
Robert interpreta o patriarca
nada convencional, porém metódico e que sofre de Toc (o que pode levar o
espectador a pensar que a doença de Pat pode ter origem hereditária). Robert
tem uma atuação festiva e vivaz que ilumina a tela.
Jacki Weaver
interpreta a mãe de Pat de maneira afável, sendo a perfeita personificação da mãe
clássica e também servindo de contraponto a atuação do seu colega de cena,
Robert de Niro.
O resultado
de “O Lado Bom da Vida” é um belíssimo e emocionante filme. Com um roteiro e direção
delicados de David O. Russel, um elenco entrosado, sobretudo os protagonistas
Bradley Cooper e Jennifer Lawrence e uma trilha sonora inspiradora, “O Lado Bom
da Vida” tem tudo para vencer em quase todas as categorias as quais foi
indicado, pois potencial o filme tem de sobra.
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