Um musico ou um
poeta? Os dois. Assim era Jim Morrison, vocalista da banda The Doors, mais
que um musico um símbolo de uma geração, um verdadeiro mito.
È isso que o diretor Oliver Stone procurou mostrar
no filme The Doors, que narra à trajetória do grupo e do seu vocalista Jim
Morrison.
O filme mostra Jim (Val Kilmer), um estudante de
cinema da universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), admirador e
escritor de poesia que tem suas ideias incompreendidas, admirador de literatura
e usuário de drogas que em conjunto com o colega Ray Manzarek (Kyle lachlan)
decide formar uma banda de rock após Ray ouvi-lo recitar os famosos versos
“Let´s swin to the moon, let´s climb through the tide, penetrate the evening
that the city sleeps to hide”. Eles decidiram então formar uma banda,
Juntamente com Rob Krieger (Frank Whaley) e John Densmore (Kevin Dillon).
Para o nome da banda Jim buscou inspiração na obra “The Doors of perception” de Audous Hulex, que por sua vez se inspirou na frase de William Blake “if the doors of perception were cleansed, everything appear to man as it is, infinite” (Se as portas da percepção estivessem abertas, tudo apareceria para o homem como são infinitas.).
Esta frase sintetiza tudo que Jim estava vivendo no
momento.
Vivia perambulando pelos cantos , compondo , escrevendo poesias e principalmente abusando de álcool e drogas ao lado de sua namorada Pámela Courson (Meg Ryan), com o objetivo de alcançar um estado de pureza da mente.
Quando desponta para o sucesso com um misto de poesia e musica
presente em suas letras. O ídolo abominava a fama e a ostentação. Todavia ele
literalmente enlouquecia seus fãs com o vigor e apelo sexual que obtinha no
palco, mesmo contra a sua vontade. O longa mostra o jovem idealista,
questionador se transformar em um ídolo e o ídolo virar um mito com sua morte
precoce aos 27 anos.
Em 1991 após 20 anos de tentativas, o diretor Oliver Stone conseguiu levar para as telas um filme sobre a famosa banda dos anos 60 e seu vocalista Jim Morrison. Porém optou por fazer uma versão romanceada dos fatos, distorcendo a realidade, o que acarretou um monte de críticas dos fãs e dos integrantes dos doors por ser inverossímil. Stone retratou Morrison como um louco e Pámela como uma pessoa pura. Morrison não era santo. Mas o filme o retratou como um sociopata descontrolado chegaram a declarar os integrantes remanescentes dos doors. Pámela interpretada brilhantemente por Meg Ryan é retratada quase como uma santa, é calma, caseira, muito família e que principalmente não usa drogas. Um retrato distante do real, pois é sabido que Pámela era uma jovem reclusa, antissocial e com uma vida sexual ativa. Pámela usava drogas tanto que morreu vitima de uma overdose fatal de heroína.
O diretor peca por focar o enredo do filme
exclusivamente em Jim Morrison, colocando os outros integrantes dos doors em
posições pouco favoráveis dentro da narrativa, tanto que eles só aparecem para
fazer “figuração de apoio”. Era mais justo se Stone fizesse um filme sobre Jim
Morrison, não sobre os the doors. Certamente soaria mais honesto.
Stone apresentou uma versão estereotipada de Jim
Morrison e Pámela Courson, contudo a interpretação visceral de Val Kilmer torna
isso quase imperceptível. Já Meg Ryan compra a ideia do diretor e construí uma
versão romantizada de Pámela Courson, e fez sua visão de Pámela com afinco e
encanto, embora distante da original. .
Oliver
Stone lançou-se de todos os artifícios possíveis para tornar The Doors, um
filme de sucesso, para que quando o espectador assistisse ao filme embarcasse
em uma espécie de “viagem psicodélica” que não fosse possível parar antes do
fim.
Perfeito!
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