domingo, 14 de junho de 2015

Aloha


Acho que ninguém esperou tanto “Aloha”(Sob o Mesmo Céu no Brasil) quanto este que vos escreve. Fã confesso e admirador incondicional do trabalho do cineasta Cameron Crowe( que rendeu até um fan film sobre sua obra(veja no fim da página), minhas expectativas para este novo filme estavam potencialmente altas.

“Aloha” nos apresenta a Brian Gilcrest(Bradley Cooper), um piloto da aeronáutica a quem é dada uma nova chance de recomeçar no Hawaii após falhar na sua ultima missão.

Todo o estilo cinematográfico de Cameron Crowe está presente em “Aloha”. Personagens uncool, frases marcantes, trilha sonora afinada(embora aqui ela assuma uma vertente mais intimista, o que requer atenção para nota-lá). Incluindo ainda, citações a cultura pop e uma criança carismática com inteligência emocional acima da média, Mitchell(Jaeden Lieberher).

A diferença deste novo trabalho dos demais filmes de Cameron Crowe é que o cineasta segue seu estilo, incluindo elementos conhecidos de trabalhos posteriores ao mesmo tempo que o subverte.

Dessa vez,o silêncio tem o mesmo peso que os diálogos na narrativa, resultando em um filme mais contemplativo, sensorial e intimista, a exemplo do seu trabalho anterior , “Nós Compramos um Zoológico" só que aqui numa potência ainda mais elevada.

O longa nos introduz a um estudo de personagem, no caso o protagonista Brian Gilcrest(Bradley Cooper), são as emoções dele que nos guiam, sua jornada pessoal dita o rumo do filme.

Se a intenção de Cameron Crowe era dar um novo rumo a sua carreira, ou pelo menos se permitir experimentar, digo que ele cumpriu seu objetivo com louvor. Ao alterar o mix do seu trabalho, proporcionou ao espectador- e a ele mesmo acredito, um desafio. As sensações , os sentimentos escondidos são a matriz de “Aloha”. Dessa forma, o cineasta desafia o espectador a conhecer os sentimentos do personagem , e por que não dizer coloca o espectador em um estado de autoconhecimento a cerca dos seus próprios sentimentos.

Cameron Crowe fez aqui mais do que um estudo de personagem. Ao deslocar o já deslocado Brian(Bradley Cooper) para o Hawaii, botou o personagem em um estado de reinicio pessoal, o expondo as suas relações interpessoais e aos sentimentos do personagem, deixando-o em uma posição no qual ele deve escolher entre o antigo amor, Tracy, (interpretada por Rachel McAdams de forma excepcional. McAdams tem uma cumplicidade cênica com Cooper que exala beleza e sentimentalismo ao longa, e Allison(Emma Stone), deixa o personagem na posição de escolher entre o velho e novo. Como se os interesses românticos do personagem fossem uma analogia para os caminhos que ele deve percorrer em sua jornada pessoal. Jornada essa deveras solitária, diga-se de passagem.

A jornada pessoal de Brian se assemelha a de outro protagonista de Cameron Crowe, Drew(Orlando Bloom) de “Tudo Acontece em Elizabethtown”(2005). Aliás, os dois filmes tem muitas semelhanças. É Cameron Crowe revisitando a própria obra com outro olhar, um olhar mais maduro.

A imagem tem força dramática em “Aloha”. O fato do filme se passar na bela paisagem havaiana coloca o personagem em posição de autorreflexão e exala sentimentalismo a quem assiste. Mas não um sentimentalismo barato e superficial, o diretor consegue imprimir compaixão e ternura ao seu trabalho, proporcionando assim um festival de bons sentimentos ao espectador.

A frase “os melhores perfumes estão nos menores frascos” se encaixa com perfeição em “Aloha”. Enquanto eu assistia, impaciente como sou, fiquei a espera do “pequeno grande momento” presente nos seus trabalhos como diz um dos personagens de “Crowe´s World”, o meu curta-metragem em homenagem ao diretor. Impaciente que o tal grande momento não havia chegado e o filme já estava perto do fim. Na verdade,”os pequenos grandes momentos” estavam e estiveram ali o tempo todo, nos mínimos detalhes. a imagem e o cenário e a musica  traduzem os sentimentos não ditos, elas constituem esses tais momentos e dão a tônica do longa.

Ter o Hawaii como cenário não foi uma escolha aleatória. De certa forma, a pureza, a musicalidade e os rituais daquele povo são um combustível para a trajetória de recomeço de Brian(Bradley Cooper), sua força interior se personifica nas belezas daquele lugar paradisíaco, mesmo que pra recomeçar ele precise se livrar de algumas pedras pelo caminho. Ao mesmo tempo que Cameron Crowe presta uma bonita e singela homenagem a cultura e povo havaiano com toda a beleza, musicalidade e rituais presentes.

Todos os personagens principais são ao meu ver representação de algum sentimento na jornada do protagonista Brian Gilcrest. Allison(Emma Stone) representa muito além do interesse romântico do personagem de Cooper. Ela é a vitalidade, a novidade que faltava na vida de Brian, o problema é que ele é solitário como ele mesmo diz. Mas Allison certamente interfere na dinâmica da rotina do personagem com seu humor e personalidade solar.

Tracy(Rachel McAdams) representa aquela ligação forte do passado que ele deixou pra trás.  Woody(John Krasinki), representa o silencio narrativo, a capacidade de dizer muito não falando nada e seu rival amoroso(uma cena dotada de humor deixa claro essa opção). General Dixon(Alec Baldwin), que repete a parceria com Crowe de “Elizabethtown” representa a volta as raízes. Uma cena em particular lembra o personagem do ator naquele filme.

O sempre sensacional Bill Murray está ótimo como Carson Welsh. Sua presença ilumina a tela é do ator uma das melhores sequências do longa ao lado de Emma Stone(Allison).

Bradley Cooper está magnífico como o “uncool”/”Underdog” da vez Brian Gilcrest. O ator tem carisma e emana sentimentalismo e emoção nas nuances mais simples. A escolha de Cameron Crowe em escolher o big close para muitas das cenas dele, representa a força interna, as emoções e sentimentos do personagem. É preciso salientar a química do ator com Jaeden Lieberher  (Mitchell), o filho caçula de Tracy(McAdams) é linda de ver. Os personagens constrói uma relação afetiva muito bonita de ver, apesar das poucas cenas juntos.   É impressionante como Cameron Crowe consegue sempre crianças carismáticas em seus filmes , extraindo delas uma sensibilidade pueril e encantadora.


“Aloha” é um filme sobre segundas chances, sobre recomeços. Um filme onde a imagem possui múltiplos significados e é repleta de simbolismos. Me lembrou de dois filmes particularmente, “Boyhood” de Richard Linklater, um filme que tal como esse o diálogo, a imagem muitas vezes silenciosa e a musica tem todos mesmo peso e significado e “Encontros e Desencontros” de Sofia Coppola onde o silencio traduz sentimentos e a imagem é repleta de significados e mensagens subliminares(reparem numa cena em especial no fim do filme, representa muito bem essas mensagens nas entrelinhas)

“Aloha” é um feel good movie de primeira grandeza. Repleto de mensagens subliminares,emana sentimento , força, esperança a quem o assiste. É o filme certo na hora pra hora certa. “Aloha” é um filme edificante que reestabelece nossa fé e esperança na vida e nas pessoas. Sempre é possível recomeçar.

Muito obrigado Cameron Crowe por este lindo e reconfortante filme, valeu a espera.     



·        Pra quem é fã do cineasta, reparem numa musica utilizada no longa por poucos segundos. Nela está a prova que o diretor revisitou o próprio trabalho neste filme.


Crowe´sWorld”, o fan film que escrevi , dirigi e fiz uma participação em homenagem ao Cameron Crowe , sua filmografia através das referências da sua filmografia presentes no seriado “Entourage”. Assistam,comentem e compartilhem. 


terça-feira, 9 de junho de 2015

Top Five: Meu aniversário




Resolvi ressuscitar o blog por um motivo bem especial. Hoje é meu aniversario e eu aproveitei os últimos minutos dos meus 22(finados) anos para elaborar um divertido top Five- calma gente , não é o do CQC- pra vocês saberem os meus gostos culturais – entre música , filmes, seriados e livros. Afinal, como os personagens de Nick Hornby, acredito ser possível definir a personalidade de uma pessoa através de seus gostos.



- Filmes:

5) “Escola de Rock” (Richard Linklater, 2001)

Esse é a minha lembrança mais remota de um filme marcante- ao lado do delicioso “Mudança de Hábito”. Sempre fui apaixonado por musica,e ter nesse filme um professor doido e adorável que liberta seus alunos através do rock n´rool é maravilhoso , divertido , com direito a cantar a plenos pulmões a trilha sonora e me divertir com as peripécias do professor interpretado por Jack Black e seus alunos.

4) “Os Incompreendidos” (François Truffaut, 1959)

Um dos principais expoentes da Nouvelle Vague Francesa, trata da estória de Antoine , alter-ego do diretor que como ele foi um incompreendido em todas as esferas sociais: Na escola , na família... Antoine não se encaixava, precisava de afeto e ele encontrou esse afeto na sétima arte. Se faltou afeto a vida do diretor- e consequentemente do personagem, François Truffaut soube deixar nesse filme doses extras de ternura , afeto e amor aos seus iguais. Além disso, possui uma delicadeza comum ao cinema oriundo da frança.

3) Cazuza- O Tempo Não Para(Sandra Werneck e Walter Carvalho, 2004)
Esse foi daqueles filmes “pontos de virada”. Lembro que me apaixonei pela obra do artista, a genialidade e a rebeldia do poeta exagerado. Minhas cenas favoritas do filme são a do encontro com os barões , o rock in rio 1985 e a cena belíssima da composição de “Eu Preciso Dizer Que Te Amo”. Já sei as cenas de cor e salteado.

2) O Lado Bom da Vida(David O. Russel, 2012) e Rock Brasília – A Era de Ouro(Vladmir Carvalho,2011)

Tive que infligir a regra e dividir esse tópico do top Five em 2. O lado Bom da Vida é – principalmente o Pat(Bradley Cooper) é meu espelho em tantos momentos. Na sinceridade cortante, a intensidade , de se sentir bem e confortável na própria pele, sem vergonha de ser ele mesmo. Pat me representa!

“Rock Brasília” foi uma experiência única. Poder mergulhar a fundo na trajetória da  Legião Urbana e do Capital Inicial nesse fidelíssimo documentário. Um retrato de uma época onde se tinha ideais artísticos e sociais, onde os jovens tinham ideais. Sabe aquela frase nasci na época errada? Então bem isso. Esse filme é fúria , amor, história e musica.

1) Quase Famosos(Cameron Crowe , 2000)

Escolher só um filme do Cameron Crowe é covardia. Todo mundo sabe do meu amor pelo diretor, que rendeu até um fan film. Escolhi “Quase Famosos” não só porque foi o meu pontapé inicial na filmografia dele mas também porque ele sintetiza o que o amar e perseguir um sonho acima de tudo. William, o protagonista do filme e alter-ego de Crowe ama a musica e cresce ao meio de uma turnê de uma banda de rock, onde descobre a si mesmo numa viagem regada a sexo, drogas e rock n´rool. Esse filme representa o sonho, mas não só o sonho do William, é o sonho de todos nós fãs de rock que queriam ter a oportunidade de viajar com sua banda favorita.

-Música

5) Oasis

Eles podem ser presunçosos, arrogantes mas são encantadores e talentosos. A banda liderada pelos irmãos Liam e Noel Gallagher atravessa gerações representando os amores, anseios e desejos de jovens de todas as idades. “Wonderwall”, “Supersonic”, Live Forever”, Songbird, “Don´t go away, Champagne Supernova e “Stand By Me” estão entre as minhas favoritas da banda. Eu espero que eles parem logo de besteira e retomem a banda logo.

4) Marilyn Manson

O meu amor maior. Eu amo, entendo e me identifico com ele e sua musica. Através de metáforas ele critica os dogmas vigentes na sociedade como a escola, religião e família. Nas suas letras ele expressa toda a minha indignação com a sociedade e sua hipocrisia que tenta nos encaixar em rótulos e ditar regras. Não posso escolher uma música só então, vou escolher um álbum: Mechanical Animals.

3) Legião Urbana, Barão Vermelho, Cazuza e Renato Russo

Dividi de novo esse item porque pra mim essas são as bandas que melhor representam não só a minha pessoa ,mas é o retrato de uma geração.

A Legião é minha vida. Suas musicas são meu reflexo pela linguagem as vezes direta, as vezes através de metáforas. Tempo Perdido, Pais e Filhos, Metal Contra as Nuvens, Eduardo e Monica, Faroeste Caboclo, O Teatro dos Vampiros, Quase sem Querer e Mais uma Vez –essa da carreira solo de russo falam diretamente pra mim.

O Barão Vermelho e o Cazuza tinham – e ainda tem , com Frejat liderando a banda, uma particularidade muito interessante. Conseguiam retratar com delicadeza e romantismo os anseios , dores e amores de todas as gerações.

Minhas favoritas barão com Cazuza: Bete Balanço,Maior Abandonado, Rock em geral, pro dia nascer feliz ,Billy negão,subproduto de rock, todo o amor que houver nessa vida e blues do iniciante.

Cazuza Solo: O tempo não para , ideologia, exagerado, blues da piedade, faz parte do meu show, Ritual, Medieval 2 , Eu preciso dizer que te amo, Um trem pras estrelas e culpa de estimação.  

2) Elis Regina

A pimentinha é a maior cantora brasileira. E ainda hoje mais de 30 anos após sua partida ela continua reinando absoluta na musica brasileira. Elis conseguia unir doçura, energia , fúria e dramaticidade ao cantar.

Minhas canções favoritas: Águas de Março, tinha que ser com você, arrastão, redescobrir , alô , alô marciano, agora tá e o bêbado e a equilibrista.

1) Rita Lee

A rainha soberana do rock brasileiro. Lembro exatamente da primeira vez que a vi – eu tinha 11 anos e fiquei hipnotizado pelos seus cabelos vermelhos. Rita consegue unir o rock roll com um humor e irreverência únicos. Além disso, ela passeia por todos os gêneros musicais , sem deixar o rock de lado.

Meus favoritos:  A DISCOGRAFIA INTEIRA, IMPOSSÍVEL CITAR SÓ UMA.


- Livros


5) On the Road

A bíblia  do movimento beat é um ode a liberdade e o retrato da juventude  e a experimentação dos anos 50. Drogas, sexo, descobertas , musica e jazz estão nesse livro representado por personagens encantadores. Uma coisa é fato:  Dean Moriarty é o nosso anti herói favorito da literatura.

4 )Neuromancer

A obra prima cyberpunk de William Gibson me deixou com varias pulgas atrás da orelha mas certamente é marcante pela construção da Matrix(o ciberespaço) , por colocar elementos como o baixo nível de vida, clinicas clandestinas, personagens enigmáticos e tridimensionais. Todos os hackers ou amantes de tecnologia são um pouco como Case, tornando fácil a identificação com o personagem.  


3) Cazuza- Só as Mães são  Felizes

O Livro que inspirou o filme “Cazuza- O Tempo Não Para” retrata com muito mais fidelidade o que foi Cazuza, o filho amado e carinho, a rebeldia, os amores , a descoberta artística, a coragem em se assumir com AIDS em uma época extremamente preconceituosa e o amor extremado de uma mãe, Lucinha Araújo que não entregou os pontos nem após a morte do filho.

2) Fugalaça 

Satine, alter-ego da escritora Mayra Dias Gomes é uma adolescente em busca de um lugar pra chamar de seu, de alguém que possa preencher os vazios deixados pela morte prematura de seu pai. Há dor , há descoberta, coragem, compaixão , há verdade em Fugalaça. Satine tenta sobreviver ao inferno particular da adolescência, enfrentando dilemas típicos dessa fase, sem ter sarado antigas feridas.  Esse livro é especial pra mim, pois me trouxe a amizade da Mayra, amizade esta que eu valorizo muito.


1)    Feliz Ano Velho

O primeiro livro que falou diretamente pra mim, quase como um reflexo de mim. É o retrato de Marcelo Rubens Paiva após sofrer um acidente. É também a lembrança da sua juventude ate ali com a camaradagem, o amor, sexo, drogas e musica como elementos principais. Além disso, o livro que impressiona pela liberdade narrativa, linguagem coloquial, é também a visão de Marcelo sobre o desaparecimento de seu pai, o deputado Rubens Paiva, desaparecido durante o período negro que foi a ditadura militar.



  -Seriados


5) The O.C

Simplesmente porque a série teen mais verdadeira dos últimos 10 anos. Trata do jovem sem pudores, abordando temas como sexo , drogas, bullying, sexualidade, segundas chances,cultura pop  e família. E o melhor do seriado é a relação entre os irmãos adotivos Ryan  e o nerd Seth Cohen. Devo ao Seth a descoberta do meu lado nerd. The O.C é sobre família e  diferenças sociais. A primeira temporada vale pela série toda.





4) Keeping up With the Kardashians

Ué , reality Show? Eu não vejo diferença entre série ficcional e reality, pra mim é tudo uma coisa só. A única diferença é que os personagens existem. Eu amo a família Kardashian/Jenner. As brigas , as festas, as reconciliações, a carreira das kardashians/jenners , Khloe , a minha favorita e é claro, a momanager Kris e o seu “Kardashian Brand”.





3) Elementary

A versão moderna do Sherlock Holmes se passa na Nova York atual. Além de ter o excelente ator Jonny Lee Miller que construiu um detetive excêntrico, cheio de manias , frases de efeito, inteligente e com um humor ácido(tão eu). Elementary impressiona não só pela capacidade de dedução do personagem e como os pequenos detalhes fazem a solução do caso. A química entre Miller e Lucy Liu que faz a doutora Watson- uma versão feminina do parceiro do detetive, é deliciosa de assistir como os dois personagens antagônicos se completam.

  


2)    Entourage

Uma série sobre amizade e sobre a carreira em Hollywood. Um ator que leva a sua entourage de amigos enquanto precisa lidar com a industria e todos os aspectos do show buissness. Um buraco na fechadura sobre como são feitos os negócios na terra do cinema. Além disso, aborda a amizade masculina, o bromance com todos os aspectos que isso trás, piadas sujas, mulheres, drogas, sexo , festas e humor ácido.


1)    Californication

Livremente inspirada no escritor Charles Bukowski, Californication nos apresenta a Hank Moody , um escritor envolto em uma vida de vícios como sexo , drogas e a maldita falta de inspiração enquanto tenta se livrar do bloqueio criativo e retomar relações com a filha e a ex-namorada. Uma série despudorada em todos os sentidos.







Menções Honrosas

Filmes: Pearl Jam Twenty, We Bought a Zoo, Boyhood, Whiplash, A Teoria de Tudo , X-men: Primeira Classe e Hackers: Piratas de Computador, Um Lugar Qualquer, Intocáveis, Procura-se Amy, Gênio indomável.

Séries: Charmed, Alias, Ray Donavan

Música: Maria Rita , Nenhum de Nós, Beatles, Pearl Jam, Emicida, Eminem, Charlie Brown Jr, The Who, Coyote Shivers,Capital inicial, Beady Eye e The Pretty Reckless.


Livros: Misto Quente, Flores do Mal, Cartas na Rua, Mil e Uma Noites de Silêncio e Feérica.