Nascido em 26 de julho de 1970 é um dos principais realizadores da
atualidade. Filho de Edwina e Ernie Anderson um conhecido locutor da era do
rádio. Paul cresceu cercado por cinema e todos os tipos e começou a dirigir
seus pequenos filmes ainda jovem inclusive estudando na NY Film School, contudo
abandonou suas aplicações acadêmicas e começou a assistir filmes por conta
própria o que fez de Paul parte integrante de uma geração de realizadores que
aprendeu sobre a arte cinematográfica como um cinéfilo espectador e não em
escolas de Cinema.
Seu primeiro longa “Jogada de Risco” foi realizado em função do premio
ganho no festival de Sundance com o seu curta “Cigarretes and Coffee”. Ali Paul
Thomas definiria o que viria a ser o seu estilo: Planos longos, grande elenco e
um modo independente de filmagem.
A música é um elemento que é
essencial no estilo de Anderson servindo como pano de fundo para os enredos de
seus filmes tal qual “Boggie Nights” e “Magnólia”.
Desenvolvendo e aprimorando seu estilo filme após filme revelando- se um
excelente diretor de atores com um uso predominante de closes. Certos temas
predominam nas obras de Paul Thomas como a família e a fragilidade das relações
humanas.
Dono de um estilo autoral Paul é o ultimo integrante de uma geração do
cinema de autor o que infelizmente está se perdendo. Por isso este especial é
sobre ele que imprime sua marca e estilo próprios em cada filme se renovando a
cada trabalho.
Abaixo conheça mais sobre a filmografia do diretor.
Ambientado no mundo da jogatina e dos cassinos “Jogada de Risco” foi
realizado em função do premio ganho no festival de Sundance por seu
curta-metragem “Cigarretes and Coffee”. “Jogada de Risco” acaba se revelando um
filme com estética caprichada e narrativa bem construída. No seu debut como
diretor já podemos perceber temas e técnicas de filmagem que se tornariam
recorrentes na sua carreira.
Ambientado no universo pornô da década de 70 “Boogie Nights” conta a
história de um jovem que se transforma em Dirk Diggler a maior estrela
pornográfica da época. O filme acompanha
o inicio, o apogeu e a queda de Dirk (Mark Wahlberg) e de toda uma era na indústria
já que o filme discute a transição da película para o vídeo.
Com planos longos e fechados, o
diretor conferiu um aspecto intimista ao longa além da estética suja e o uso de
uma montagem paralela permeada pelo interessante jogo de câmera que permitiu ao
diretor construir essa atmosfera destrutiva além do uso potente da
metalinguagem neste que além de confirmar o talento de Paul Thomas Anderson
confirma o talento do seu protagonista Mark Wahlberg.
O filme mais ambicioso de Anderson tanto estética quanto narrativamente. Se
“Boggie Nights” representa a confirmação do talento do diretor “Magnólia”
representa o seu ápice. Com enredo que entrelaça vários plots Magnólia chama
atenção pelo roteiro constantemente desfragmentado e pelo uso da música que age
aqui de forma a engrandecer o suspense e oprimir a ação dramática em certos
momentos. A direção coreografada de Anderson se encaixa perfeitamente nesse
longa sobre a fragilidade das relações familiares e o poder do show business
são os temas desse filme de grandiosidade magnânima dirigido por Paul Thomas
Anderson.
Embriagado de Amor (2002)
Primeira incursão de Anderson na comédia, o longa narra a história de Berry
(Adam Sandler) um homem antissocial. Com uma premissa simples o longa se
destaca pela fotografia marcante e pelos belíssimos takes de longa duração
marca registrada do diretor. A trilha sonora repleta de sons tribais refletem
as emoções do protagonista. Merece destaque pelo uso do jogo de câmera que
permeia a narrativa.
Sangue Negro (2007)
Drama épico protagonizado por Daniel Day-Lewis que interpreta Daniel Plainview
um minerador que vê possibilidades de riqueza em um campo dominado pelo culto
religioso. O longo se destaca pela montagem episódica e pelos cortes e sobreposições
que Paul imprime ao seu filme. A trilha sonora composta por Johnny Greenwood
guitarrista da banda Radiohead se destaca pelo som orquestrado por vezes quase
estridente presente na trilha.
Mais uma vez Paul Thomas retoma o tema da religiosidade em seus filmes. Dessa
vez abordando a seita fictícia “A Causa” – uma alusão a popular cientologia. Ambientado nos anos 50 “O Mestre” aborda a
criação da “Causa” por Lanchester Dodd (Philip Seymour-Hoffman – parceiro habitual do
diretor) e Freddie (Joaquin Phoenix). As marcas do diretor estão aqui. Roteiro engenhoso,
planos longos e cortes sobrepostos aliados a uma fotografia elegante e uma
montagem estruturada que sustenta o filme. O Mestre é sem dúvida um filme que
provoca reflexão a respeito do papel da religião na sociedade atual, poder monetário
e força midiática.
Anderson também dirigiu alguns vídeo clipes. O último da canção "Hot Knife" da cantora Fiona Apple saiu há alguns dias.
O curta "Cigarretes and Coffee"
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