Em
2014, se comemora os 20 anos do álbum de estreia do Oasis , “Definitely Maybe”
e como infelizmente não teremos uma turnê de comemoração, essa data não poderia
passar em branco, o documentário sobre a produção do disco homônimo está sendo
relançado.
Sinceramente,
devo dizer que esperava mais de um documentário que está sendo relançado pra
comemorar uma data tão emblemática para o rock mundial. O documentário é sim
interessante para os fãs da banda pois reafirma a posição de renovação que o
Oasis trouxe para a música e detalha a composição e produção do cd
detalhadamente. Porém, se não fosse o fator curiosidade e nostalgia que assola
os fãs da banda, o documentário poderia passar despercebido.
O
documentário tem sim preocupação em ressaltar os bastidores da produção do
álbum, as histórias por trás de cada música, ressaltando as dificuldades de produção
e adaptação da banda ao estrelado mas não sai muito disso.
Sim,
o diretor Dick Carruthers
lança mão de preciosas imagens de arquivo e tal, deixando qualquer fã da banda
empolgado. Mas Charruthers não ousa na estrutura do filme, se assemelhando a um
simples documentário ou mais parecendo um talk show americano, onde os
convidados respondem as perguntas mecanicamente.
Há sim, uma preocupação com a estética e a
montagem do filme, no sentido de ilustrar os depoimentos com as imagens de
arquivo e música mas, acaba sempre retomando aquele antigo formato padrão de
documentários pautado em entrevistas que cansa.
O documentário conquista o espectador pela
nostalgia (seu próprio formato e recursos utilizados evidenciam isto) mas
entretanto não se preocupa em conquistar novos fãs. Talvez isso seja um reflexo
da data de produção do filme(foi produzido em 2004, quando a banda ainda estava
na ativa), por isso não há a preocupação de mostrar o trabalho da banda a uma
nova geração.
Duas grandes sacadas do documentário são o de
exibir o contexto musical/ cultural na época do lançamento do álbum. E de
colocar os especialistas do mercado, equipe da banda e os –na época atuais integrantes
Andy Bell e Gem Archer.
O filme também peca por não dar o devido espaço a
Liam Gallagher, se centralizando no processo criativo de Noel. Dessa forma, o
documentário se revela um retrato belo mas desigual ao não considerar da
maneira correta a importância do vocalista.
Pois convenhamos, se Noel compôs as canções FODAS
desse álbum, foi a INTERPRETAÇÂO de Liam que contribuiu para eterniza-las no imaginário
popular. O diretor até tenta se redimir mais pro fim destacando a figura de
Liam Gallagher, não é o suficiente para alguém da sua magnitude.
“Definitely Maybe: The Documentary” é curioso e
interessante , mas é mais do mesmo.
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