Primeiro
longa-metragem de Afonso Poyart inova ao utilizar elementos visuais em um filme
de ação tipicamente brasileiro com um desfecho surpreendente.
Após aparentemente ter perdido sua mulher e filhas
em um acidente, ser julgado por isso e condenado, Edgar (Fernando Alves pinto),
retorna ao Brasil após passar um tempo em Miami com um plano para desarticular
a corrupção brasileira. No meio desse processo ele se envolve com Julia
(Alessandra Negrini), que se torna sua aliada. Infelizmente nem tudo sai como o
esperado.
Afonso Poyart resolveu inovar em seu primeiro
longa. Construiu um enredo de suspense e ação que se diferem dos produzidos
atualmente no Brasil e também não seguem a estética hollywoodiana. 2 coelhos
têm estilo próprio e o diretor Afonso Poyart utiliza referencias visuais na
obra, instituindo ao filme uma estética diferenciada.
Lançando mão de elementos de animação, entre outros
elementos gráficos, Poyart construiu um roteiro não linear e narrativo em
flashback com um enredo forte e a sucessão rápida de planos, o que da ao filme
uma dinâmica interessante.
O roteiro também escrito por Afonso Poyart construído de forma não linear e narrativa em flashback evidencia uma aparente quebra de continuidade na narrativa. Fato este que aliado à direção ágil que imprime ao longa resulta em um filme reflexivo com diversos sub-plots que se interligam entre si em um dado momento do longa. Poyart utiliza-se da montagem paralela para englobar os diversos sub-plots que o filme apresenta.
O roteiro também escrito por Afonso Poyart construído de forma não linear e narrativa em flashback evidencia uma aparente quebra de continuidade na narrativa. Fato este que aliado à direção ágil que imprime ao longa resulta em um filme reflexivo com diversos sub-plots que se interligam entre si em um dado momento do longa. Poyart utiliza-se da montagem paralela para englobar os diversos sub-plots que o filme apresenta.
O enredo ágil e dinâmico como já dito acima, usa e
abusa de palavras de baixo calão em seus diálogos e de situações em que faz uma
leve sátira ao próprio cinema atual, seja ele brasileiro ou não. Com diversos
enredos que se entrelaçam entre si.
A sucessão rápida de planos se encaixa perfeitamente no enredo contribuindo para os já citados dinamismo e agilidade presentes no longa. Além disso, o roteiro diferenciado e a montagem fazem o filme tomar a forma que possui.
A sucessão rápida de planos se encaixa perfeitamente no enredo contribuindo para os já citados dinamismo e agilidade presentes no longa. Além disso, o roteiro diferenciado e a montagem fazem o filme tomar a forma que possui.
O
narrador over se faz presente no filme através dos pensamentos do personagem
Edgar (Fernando Alves Pinto) que acaba por interligar o enredo ao espectador.
No elenco
(que estão todos em atuações potentes), destaca-se Fernando Alves Pinto
(Edgar), um papel particularmente difícil devido aos malabarismos do roteiro.
Alessandra
Negrini também se destaca como a promotora pública Julia.
Caco
Ciocler se sobressai na trama (sobretudo no terceiro e ultimo ato). Também se
destacam Marat Descartes, o bandido Maicon, Neco Villa Lobos como o advogado
picareta Henrique, marido de Julia (Alessandra Negrini) e Roberto Marchese como
o deputado federal Jader.
O resultado de 2 Coelhos é
extremamente positivo. Afonso Poyart bebeu de todas as fontes possíveis e mesmo
assim conseguiu imprimir a sua marca em seu longa de estreia. O filme possuiu
uma crítica à política subtendida no seu enredo. 2 coelhos é uma grata supressa
no atual cenário do cinema brasileiro, inovando pela maneira de trabalhar
elementos já utilizados anteriormente.
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