Paradise Lost: The
Child Murders at Robin Hood Hills é um documentário, dirigido por Joe Berlinger e Bruce Sinofsky
sobre o caso West Memphis three, em que três adolescentes foram acusados de
assassinato de três crianças Stevie Edward Branch,
Christopher Byers e Michael Moore. Realmente um crime bárbaro.
Foram apontados três adolescentes como suspeitos Damien Echols (na época
com 18 anos), Jason Baldwin (na época com 16 anos) e Jessie Misskelley, Jr (na
época com 17 anos).
O documentário detalha o crime (inclusive mostrando a cena do crime) e
nesse momento lança mão da imparcialidade: exibe depoimentos tanto dos acusados
e de suas respectivas famílias, quanto das famílias dos jovens assassinados.
Com registros precisos da cobertura jornalística do caso na época, além
de muitos outros momentos emocionantes como a reação das famílias, o encontro
de mães que tiveram seus filhos assassinados e as entrevistas com os acusados
na prisão enquanto aguardavam julgamento (a de jessie especialmente me
emocionou muito, talvez pela sua aparente inocência.).
Após esse primeiro ato, o documentário foca no julgamento e nos seus
desdobramentos (reunião da equipe de defesa entrevistas com psicólogos,
cientistas forenses, além da já citada ampla cobertura jornalística do caso). A
partir desse momento, o documentário faz uso da montagem paralela, até o final
do filme, sobretudo para a sobreposição de cenas do julgamento /encontro dos
advogados e psicólogos.
Em minha opinião, o documentário em alguns momentos (sobretudo durante o
julgamento) foca única e exclusivamente na figura de Damien Echols, talvez por
ele ter sido considerado o mentor do crime, desta maneira colocando Jason
Baldwin e Jessie Misskelly jr em segundo plano.
Damien, Jason e Jessie foram condenados por 18 anos sob alegações
falhas, contudo o caso chamou a atenção da mídia e foi possibilitando a
realização de exames de DNA através do fundo de defesa criado em prol do caso.
A realização do DNA atestou a inocência de Damien, Jason e Jessie, sendo assim
eles firmaram um “acordo” com a promotoria e foram libertados.
Ainda sim, fica a pergunta: Por quanto tempo teremos que sofrer com a
justiça obsoleta e até quando será mais importante apontar um culpado (a) para
finalizar logo o caso em vez de buscar pela verdade?
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