domingo, 13 de maio de 2012

Crítica; Antoine e Colette






Em 1962, François Truffaut deu prosseguimento as historias do seu alter-ego de “os incompreendidos, Antoine Doinel no curta” Antoine e colette”, parte de uma série de curtas sobre amor na juventude chamada” amor aos vinte anos” (L'amour à vingt ans).


                  

O filme segue os acontecimentos após o fim de os incompreendidos , onde é explicado que Antoine (Jean-Pierre Léaud) foi recapturado e enviado para outro centro de delinquencia juvenil até ter idade para ser independente,hoje antoine tem 17 anos, vive sozinho e trabalha em uma gravadora.



Antonie continua contando com a amizade inseparavel de René (Patrick Auffay) , seu amigo de infancia. Antoine se apaixona pela jovem colette (Marie-France Pisier) , mas não consegue nada além do que amizade dos pais da moça ,sendo constantemente preterido por colette.



Truffaut retomou as historias de Antoine dessa vez nessa série de curtas sobre relacionamentos na juventude.  Utilizando a figura do narrador em “Off”, Truffaut responde a inevitável pergunta: o que terá acontecido a Antoine dos seus 14,15 anos (período retratado em os incompreendidos), até os seus atuais 17 anos.

 Lançando mão da sua já conhecida sensibilidade, François Truffaut dirige este curta com atenção especial nos personagens, munindo eles de uma riqueza de detalhes impressionante.

A direção de François Truffaut inspira sensibilidade, como já dito anteriormente, alternando planos curtos e longos. Desta forma Truffaut ambienta o telespectador e chama atenção para as mudanças de Antoine doinel, agora mais velho, mas nem por isso é estável emocionalmente.

A trilha sonora, outro elemento importante e já conhecido dos filmes de Truffaut, exerce neste filme a função de ambientação do espectador, além de potencializar a intensidade dramática dos personagens e do enredo.

Quanto ao elenco, Jean-Pierre Léaud, mais uma vez botou o espectador na palma da sua mão, tal como fez em os incompreendidos. Jean soube fazer a transição do personagem com graça e beleza, mantendo o ar de inocência e ingenuidade que o personagem exige.

Patrick Auffay retorna como René, o inseparável amigo de Antoine. Patrick ganha mais destaque neste filme e deixa claro o crescimento físico e emocional de seu personagem com uma interpretação sutil e marcante. Contudo é Marie-France Pisier, a grande supressa deste filme. Marie-France deu a colette os elementos necessários para marcar a ambiguidade de sua personagem: de um lado, uma jovem romântica e elegante, de outro, firme e decidida.
O filme, belo ao mesmo tempo intenso e cativante, reafirma o potencial de Truffaut de contar grandes historias, além de deixar claro o seu estilo pessoal de filmar e também prova a intensa capacidade dramática do personagem Antoine doinel (se é que alguém duvidava). Só é uma pena que seja tão curto, pois “Antoine e collete possui potencial para ser um longa-metragem com certeza, ainda bem que temos mais três filmes com o personagem: Beijos Proibidos,Domicilio Conjugal e Amor em Fuga.

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