Em 1958, dois anos antes da guerra civil, Dr. King Schultz (Christoph
Waltz), um
caçador de recompensas, está em busca da sua missão quando a vista um
transporte de escravos e se interessa pelo escravo Django (Jamie Foxx). Dr.
Schultz faz de Django seu parceiro na caça as recompensas.
A “recompensa” no
caso é a captura mortos ou vivos dos irmãos Speack, Ace (James Remar) e Dicky (James
Russo). Porém, Django tem um objetivo maior: Libertar a esposa Broomhilda (Kerry Washington), escrava que foi vendida ao
rico mercador Calvin Candie(Leonardo Dicaprio). Então, Django e Dr. Schultz, vão
ao encontro de Calvin em sua fazenda no Mississipi, disfarçados de mercadores
de escravos para libertar Bhoomhilda.
O
diretor Quentin Tarantino é conhecido por suas narrativas não lineares e em “Django”
ele não foge a regra. O filme se inicia com um prólogo, dois anos antes da
guerra civil, com Dr. Schultz (Christoph Waltz) Libertando Django (Jamie Foxx).
Os flashbacks e Flashforwards, aliás, são um
constante em “Django Livre”. Assim como as elipses e cortes secos que são utilizados
como um “Truque Narrativo” de modo que algumas cenas são uma demonstração de um
evento futuro.
Tarantino
investe nos planos abertos e descritivos de forma a explorar o universo estético
que construiu em “Django Livre”. Alternando a mudança rápida de planos com
cenas um pouco mais longas auxiliadas pelo corte seco antes de atingir seu clímax.
As
narrativas de Tarantino não são lineares de modo que seu roteiro há uma desconstrução
constante do tempo fílmico, fazendo uso das elipses e dos flashbacks, mantendo
assim um certo suspense dramático ate que a trama atinja seu ápice.
A
fotografia é peça-chave do filme, constituída de cores vivas combinando com o
universo dramático, principalmente no que se trata da construção plástica dos
flashbacks do protagonista Django (Jamie Foxx)
A
trilha sonora como é comum nos filmes de Tarantino tem uma veia pop. O blues e
a musica lírica predominam, porque constituem a grandiosidade dramática dos
protagonistas ao longo da sua jornada. Mas o western de Tarantino é democrático:
vai do blues e da musica lírica ao rap num estalar de dedos.
O
elenco estelar de Tarantino possui performances memoráveis, todos os atores sem
exceção se “entregam” a historia, interpretando seus respectivos personagens
com exatidão.
Jamie
Foxx (Django) e Christoph Waltz (Dr. Schultz) merecem as honrarias pelo
entrosamento dramático que imprimem na relação entre seus personagens.
O mesmo
vale para Leonardo DiCaprio (Calvin Candie) e Samuel L. Jackson (Stephen) o
capataz de confiança de Candie. Os atores demonstram habilidade ao construir a relação
ambígua entre seus personagens.
Estreando
no gênero Western, Tarantino faz uso de suas influencias cinematográficas para
realizar este tributo à sétima arte. Porém, Tarantino vai além. Utiliza suas
influencias a seu modo, incorporando-as a o seu estilo. Assim, o diretor inova
ao realizar uma homenagem ao gênero faroeste do seu jeito, deixando a sua
marca.