Após o sucesso dos filmes da saga Crepúsculo a autora Stephenie Meyer se
tornou uma espécie de referencia quando se trata de filmes para o público
infanto-juvenil e por esse e tantos outros motivos que mais uma adaptação de um
romance de sua autoria ganha às telas, nesse caso “A Hospedeira”.
Ambientado em um universo futuro, “A Hospedeira” trata de uma caça a raça
humana pelos “Buscadores” um grupo que tenta escravizar os humanos implantando
almas mecanizadas em seus corpos os impedindo de ter vontade própria.
A jovem Melanie Stryder (Saiorise Ronan) se esconde de ser capturada
pelos buscadores em uma fazenda afastada ao lado do irmão Jamie (Chandler
Canterbury) e do namorado Jared (Max Ions).
Entretanto, em uma tentativa de conseguir itens para a sobrevivência
Melanie é capturada e os buscadores realizam nela a implantação da invasora. Porém,
Melanie é dona de uma personalidade tão forte que não só não se deixa domar
pela hospedeira como desperta em sua invasora sentimentos humanos. Juntas (isto
é com Peregrina, a invasora dominando seu corpo, mas não sua mente elas iram se
tornar clandestinas junto à família de família de Melaine.com a dificuldade de
Melanie provar que esta viva dentro daquele corpo e da invasora provar sua boa
índole).
O diretor Andrew Niccol foi extremamente engenhoso e habilidoso ao
construir um universo fílmico convincente, mas infelizmente não se pode se
dizer o mesmo da sua direção e roteiro totalmente falhos e inverossímeis.
Andrew imprime uma agilidade às cenas, porém, essa mesma agilidade depõe contra
o próprio filme, pois é utilizada e demasia e quebra a tensão dramática,
impedindo assim que o longa transmita ao espectador expectativa em torno daquele
enredo e dos rumos do mesmo. Além de utilizar cortes bruscos, o diretor é
seriamente prejudicado pela montagem capenga que compromete o bom andamento do
filme.
Niccol só mostra a sua força á frente das câmeras nos flashbacks muitíssimos
bem construídos e executados. Do contrário, sua presença é quase invisível o
que nos faz pensar que o filme está no piloto automático.
O roteiro também assinado por Niccol constrói um universo fílmico convincente,
mas peca pelas situações non-sense e mal explicadas além de não aprofundar o
enredo e os personagens como deveria.
Junto a esse já desastroso fator, alguns atores do longa atua de maneira
mecanizada principalmente a Buscadora(Diane Kruger) e seus companheiros que
atuam sem dar nenhuma veracidade e humanismo aos seus personagens.
O mesmo não pode se dizer de Saiorise Ronan que interpreta Melanie com a
veracidade e a duabilidade necessárias a uma personagem tão conflitante. Assim como,
expor o humanismo da invasora que tomou seu corpo.
Max Ions interpreta Jared com vigor expondo a paixão que envolve seu
personagem ao mesmo tempo reticente ao acreditar que a alma da sua amada possa
coexistir no corpo tomado pela invasora.
Chandler Canterbury atua de maneira genuína como Jamie o irmão da
protagonista. A inocência que Chandler imprime a o seu personagem (e também ao
longa garantem um ar de esperança a esse enredo apocalíptico).
Jake Abel confere a Ian seu personagem uma duabilidade bem interessante. De
inicio é um personagem com um objetivo claro: aniquilar os buscadores. Porém Ian
se vê apaixonado pela invasora Peg. Jake soube demonstrar as nuances do
personagem de maneira crescente.
William Hurt compõe o seu “Tio Jeb” de forma transcendente. Sua expressão
cênica transmite a serenidade e a liderança que o personagem exige. Por isso,
Hurt é um dos maiores destaques do filme.
A fotografia a cargo de Roberto Schaefer é outro elemento que prejudica o
resultado final do filme. Schaefer não consegue imprimir em suas lentes a
neutralidade. Ora as imagens estão claras demais, ora escuras demais não conseguindo
atingir o conceito de uma imagem neutra.
A trilha sonora do Brasileiro Antonio Pinto é a grande responsável pelo
componente emocional do filme e consequentemente dos personagens. O score dá o
tom às cenas e muitas vezes “carrega o filme nas costas engrandecendo as cenas função
que deveria pertencer a direção de Andrew Nicool, mas como ele preferiu dirigir
o longa no modo piloto automático”...
Se “A Hospedeira” foi feito com foco nos órfãos de “Crepúsculo” é de se
lamentar. Pois, ao contrário da história de Bella e companhia (que não era
perfeita), mas ao menos possuía algum enredo mais ou menos plausível. Não é o
que ocorre em “A Hospedeira que tenta se vender como o filme da autora de
crepúsculo”. Agora é rezar que os fãs do vampiro tenham crescido e adquiro
algum censo crítico pra ficar BEM longe desse filme.
só fala merda, o filme é ótimo
ResponderExcluir