David Armes (Tom Cruise) é um jovem
herdeiro de um gigantesco império editorial. Vaidoso, vive como sem maiores
preocupações, emendando relacionamentos fugazes com diversas mulheres como
Julie (Cameron Diaz). Contudo, ao conhecer a jovem Sofia Serrano (Penélope
Cruz), sua vida ganha uma nova perspectiva.
Dirigindo
está versão do filme espanhol “Abre los Ojos”, Cameron Crowe realizou o seu
filme mais diferente. Diferente no sentido de que “Vanilla Sky” difere dos
outros filmes do diretor no que diz respeito à forma.
O diretor opta por desconstruir a ordem cronológica habitual, fazendo uso da montagem paralela durante toda a trama.
Ao adotar três tempos fílmicos simultâneos, Crowe sobrepôs às cenas de forma que elas tivessem significados múltiplos, sobretudo no que diz respeito ao protagonista David Armes (Tom Cruise).
É
correto afirmar que o grande “motor” da narrativa é o subconsciente do
protagonista. Deste modo a opção do diretor pelos closes e planos descritivos
se mostram necessários por situar o espectador no universo particular do
personagem. A narração em “Off” de certo modo dá clareza a narrativa em torno
do protagonista.
O filme adquiri outro sentido após a cena do acidente envolvendo os personagens David (Tom Cruise) e Julie (Cameron Diaz). A partir desse momento o espaço narrativo se divide em três tempos fílmicos: passado, presente e futuro. Flashbacks e Flashforwards se intercalam com o objetivo de construir o ponto de virada da trama.
Os movimentos de câmera expõem de maneira visceral o status e a fragilidade interior do protagonista. Oras lhe engrandecendo devido a sua posição social, oras diminuindo devido a sua fragilidade interior.
O roteiro de Cameron Crowe é hábil ao trabalhar as mais diversas camadas da trama e de seus personagens de modo que soam convincentes. Os diálogos tem um aspecto poético que combina com o enredo.
O filme adquiri outro sentido após a cena do acidente envolvendo os personagens David (Tom Cruise) e Julie (Cameron Diaz). A partir desse momento o espaço narrativo se divide em três tempos fílmicos: passado, presente e futuro. Flashbacks e Flashforwards se intercalam com o objetivo de construir o ponto de virada da trama.
Os movimentos de câmera expõem de maneira visceral o status e a fragilidade interior do protagonista. Oras lhe engrandecendo devido a sua posição social, oras diminuindo devido a sua fragilidade interior.
O roteiro de Cameron Crowe é hábil ao trabalhar as mais diversas camadas da trama e de seus personagens de modo que soam convincentes. Os diálogos tem um aspecto poético que combina com o enredo.
A montagem trabalha lado a lado com enredo de modo há constituir os tempos e espaços fílmicos com maestria. A montagem tem a clara função de fundamentar os arcos dramáticos do roteiro de modo que o filme soasse verossímil. Atuando na trama como um quebra-cabeça dramático.
A trilha sonora de Nancy Wilson é pautada
em duas vertentes: O rock alternativo que confere ao filme um aspecto mais
“Sensorial” que combina com o universo “Futurista” da trama e o pop/rock da
vigor a narrativa.
Cameron Crowe realizou em “Vanilla Sky” um
trabalho ousado. Foi sem duvida um grande exercício dramatúrgico para o diretor
no sentido que em “Vanilla” Crowe explora outro universo dramático ao contrário
daqueles a que estava acostumado até então em seus trabalhos anteriores. É um filme complexo devido às diversas camadas
narrativas e de entendimento que se sobrepõe.
O fato é que Cameron Crowe realizou mais
uma vez um excelente trabalho. Sabendo administrar com maestria a direção.
Tecnicamente impecável e com uma direção competente e segura. Cameron Crowe
merece honras aplausos pelo trabalho desenvolvido em “Vanilla Sky”.
PS: recomendo que assista ao filme mais de
uma vez, devido às inúmeras camadas de entendimento que o filme apresenta.