sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Intocáveis





 
Segunda maior bilheteria da história da frança, filme exalta as diferenças, o valor da amizade e tem no seu roteiro e em seus dois protagonistas o seu maior trunfo.

 

Driss (Omar Sy) um jovem que acaba de sair da prisão parisiense é expulso de casa pela mãe adotiva. Desmotivado ele vai em busca do seu seguro-desemprego na mansão do rico empresário Philippe (François Cluzet), um viuvo que ficou paraplegico logo após a morte da esposa. Ao contratar Driss como seu enfermeiro eles constroem uma amizade pautada pela verdade , esquecendo as limitaçoes fisicas e sociais que os separam.

 

 

O filme de Olivier Nakache e Éric Toledano começa com o flashforrard evidenciando a amizade dos protagonistas, criando uma expectativa no espectador sobre o que acontecer. Após esse prólogo a ação salta para o tempo presente com o objetivo de construir a relação de amizade que une os personagens.

 

Os diretores Olivier Nakache e Éric Toledano intercalaram em seu filme planos curtos (sobretudo no primeiro ato) e longos (no segundo ato em diante).

 


Olivier e Éric fizeram bom uso da interpretação naturalista dos atores ao abusar (no bom sentido) do uso de closes na narrativa. O uso de contra plongee acompanhado do movimento de câmera panorâmica também é frequente.

 

O roteiro de Olivier Nakache e Éric Toledano concentrou suas forças em construir a relação de amizade entre Driss (Omar Sy) e Philippe (François Cluzet) e suas respectivas trajetórias pessoais. Entretanto essa escolha acaba deixando os demais personagens à margem na trama.

 

O enredo é centrado principalmente nos personagens Driss (Omar Sy) e Philippe (François Cluzet) foram necessários que os atores tivessem duas principais coisas: química para que houvesse um entrosamento natural quando juntos em cena e intensidade dramática para que pudessem trabalhar as nuances de cada um, além das características pessoais de cada um.

 

A julgar pelo desempenho dos atores em cena eu afirmo que a confiança depositada neles foi um grande acerto. François Cluzet (Philippe) soube transmitir com veracidade em interpretação as diversas mudanças que seu personagem passa, já que cabe a François a trama mais dramática do filme sem duvida.

 

Omar Sy (Driss) por sua vez é responsável pelo humor do filme, ainda que seu personagem tivesse um “passado” dramático. É interessante observar como Omar deixou aflorar sua interpretação, deixando seu personagem mais leve conforme o filme avança.

 

A habilidosa fotografia de Mathieu Vadepied se sobressai nas sequencias noturnas. Mathieu adicionou as suas lentes um granulado suave que dão um brilho especial às sequencias.

 

A trilha sonora a cargo de Ludovico Einaudi possui duas vertentes distintas que representam os protagonistas. Enquanto a música clássica representa Philippe (François Cluzet) e sua personalidade mais fechada e reclusa, a musica “pop” representa a juventude de Driss (Omar Sy) e sua personalidade expansiva.

 

 

O cinema já é uma arte mágica por natureza, o cinema francês por sua vez tem um charme todo especial. Partindo desse principio, eu lhes digo: Assista “Intocáveis” e se permita-se se deixar levar pelos encantos desse filme, pois certamente você sairá modificado da sala de cinema.

 

 

 

 


 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

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