Segunda maior bilheteria da história da frança, filme exalta as diferenças,
o valor da amizade e tem no seu roteiro e em seus dois protagonistas o seu
maior trunfo.
Olivier e Éric fizeram bom uso da interpretação naturalista dos atores ao
abusar (no bom sentido) do uso de closes na narrativa. O uso de contra plongee
acompanhado do movimento de câmera panorâmica também é frequente.
A julgar pelo desempenho dos atores em cena eu afirmo que a confiança
depositada neles foi um grande acerto. François Cluzet (Philippe) soube transmitir
com veracidade em interpretação as diversas mudanças que seu personagem passa, já
que cabe a François a trama mais dramática do filme sem duvida.
Omar Sy (Driss) por sua vez é responsável pelo humor do filme, ainda que
seu personagem tivesse um “passado” dramático. É interessante observar como
Omar deixou aflorar sua interpretação, deixando seu personagem mais leve
conforme o filme avança.
A habilidosa fotografia de Mathieu Vadepied se sobressai nas sequencias
noturnas. Mathieu adicionou as suas lentes um granulado suave que dão um brilho
especial às sequencias.
A trilha sonora a cargo de Ludovico Einaudi possui duas vertentes
distintas que representam os protagonistas. Enquanto a música clássica representa
Philippe (François Cluzet) e sua personalidade mais fechada e reclusa, a musica
“pop” representa a juventude de Driss (Omar Sy) e sua personalidade expansiva.
O cinema já é uma arte mágica por natureza, o cinema francês por sua vez
tem um charme todo especial. Partindo desse principio, eu lhes digo: Assista “Intocáveis”
e se permita-se se deixar levar pelos encantos desse filme, pois certamente você
sairá modificado da sala de cinema.
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