* crítica feita em comemoração ao aniversário de 41 anos do Liam Gallagher, vocalista da Beady Eye.
Eu estou completamente viciado em Beady Eye. A banda se tornou a minha
nova obsessão musical portanto quando eu descobri que havia outro documentário
sobre a banda logo corri atrás.
“Beady Eye – Rak Them Out” retrata o inicio após a dissolução do Oasis em
2009. A busca por uma identidade musical própria e principalmente realizar uma
banda com uma sonoridade de significado muito pessoal onde todos tem o poder de
decisão e a liberdade de expressar a sua sonoridade sem controles externos.
É um documentário onde a musica predomina isso fica claro pela opção da
Banda(e também realizadora do filme) em se colocar em segundo plano apenas com
a narração e deixar a música se sobressair, é como se a música falar por si
própria.
Através de uma narração em segundo plano do ponto de vista dos próprios
integrantes podemos constatar – e visualizar a evolução musical da banda. Assim,
o espectador é convidado a ser testemunha do processo criativo da banda. Assim,
podemos constatar a química que existe entre eles, ao adentrar as gravações percebemos
a necessidade da busca de uma identidade musical para a banda saindo da “sombra”
do Oasis. É onde a “mágica” acontece.
O documentário tem uma estrutura muito pautada na sonoridade do grupo,
acabando por se tornar quase experimental sobretudo porque é a musica que dita
os caminhos que o documentário vai tomar. Traçando um paralelo com a banda é
assim que acontece em sua dinâmica, no documentário fica evidente a pretensão e
necessidade da banda em realizar uma sonoridade particular,única e que os
represente enquanto banda.
Ao longo de seus 12 minutos, o mini documentário se mostra dono de uma estética
bastante ágil impulsionado pela musica principalmente. Adotando uma combinação de
um ritmo frenético e telas divididas, utilizando-se de trucagens e efeito “clipado”
o que ressalta a musicalidade presente no documentário.
Além da já citada narração que
serve de pano de fundo de modo a demonstrar a evolução e expectativas dos
integrantes com o novo projeto que estava nascendo. Quanto ao formato há uma
agilidade impressionante considerando a duração de um documentário de curta
metragem onde as coisas tendem a ser mais condensadas.
Um aspecto interessante em documentários e que aqui ganha um diferencial
é a questão do Ponto de Vista que
exemplifica a questão da individualidade e da visão pessoal da banda. Assim é
interessante a visão de Gem sobre a qualidade musical de Liam e vice versa. Permitindo
assim uma visão particular sobre a química de união de um grupo.
“Rak Them Out” se torna mais do que um simples documentário de bastidores
ao revelar todo o aparato fílmico e musical, neste caso do clipe da música “Bring
the Light” dirigido por Charlie Lightening.
Aliás a própria estrutura do videoclipe diz muito sobre a banda como bem lembra
Liam no documentário o clipe é dotado de uma estrutura muito simples de modo
que a música da banda prevaleça e se sobressaia.
“Rak Them Out” e “StartAnew” (o documentário posterior do Beady Eye , mostrando o processo de
lançamento do segundo álbum “BE” são dois filmes que dialogam entre si,
representando justamente o antes e o depois da banda. Seria injusto se este ou “Start
Anew” são melhor ou pior. O fato é que os dois são bastante representativos no
seu período. Pra mim “Rak Them Out” ganha identidade própria enquanto
documentário ao adotar o esquema “faça você mesmo”- pelo fato da própria banda
estar no comando do filme. É extremamente prazeroso acompanhar os primeiros
passos de sua banda favorita ainda mais quando isso provêm do seu próprio
olhar.
*Documentário presente na versão Deluxe do álbum "Different Gear, Still Speeding".
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