sábado, 21 de setembro de 2013

Beady Eye- Rak Them Out





* crítica feita em comemoração ao aniversário de 41 anos do Liam Gallagher, vocalista da Beady Eye.



Eu estou completamente viciado em Beady Eye. A banda se tornou a minha nova obsessão musical portanto quando eu descobri que havia outro documentário sobre a banda logo corri atrás.


“Beady Eye – Rak Them Out” retrata o inicio após a dissolução do Oasis em 2009. A busca por uma identidade musical própria e principalmente realizar uma banda com uma sonoridade de significado muito pessoal onde todos tem o poder de decisão e a liberdade de expressar a sua sonoridade sem controles externos.

É um documentário onde a musica predomina isso fica claro pela opção da Banda(e também realizadora do filme) em se colocar em segundo plano apenas com a narração e deixar a música se sobressair, é como se a música falar por si própria.

Através de uma narração em segundo plano do ponto de vista dos próprios integrantes podemos constatar – e visualizar a evolução musical da banda. Assim, o espectador é convidado a ser testemunha do processo criativo da banda. Assim, podemos constatar a química que existe entre eles, ao adentrar as gravações percebemos a necessidade da busca de uma identidade musical para a banda saindo da “sombra” do Oasis. É onde a “mágica” acontece.


O documentário tem uma estrutura muito pautada na sonoridade do grupo, acabando por se tornar quase experimental sobretudo porque é a musica que dita os caminhos que o documentário vai tomar. Traçando um paralelo com a banda é assim que acontece em sua dinâmica, no documentário fica evidente a pretensão e necessidade da banda em realizar uma sonoridade particular,única e que os represente enquanto banda.

Ao longo de seus 12 minutos, o mini documentário se mostra dono de uma estética bastante ágil impulsionado pela musica principalmente. Adotando uma combinação de um ritmo frenético e telas divididas, utilizando-se de trucagens e efeito “clipado” o que ressalta a musicalidade presente no documentário.
 Além da já citada narração que serve de pano de fundo de modo a demonstrar a evolução e expectativas dos integrantes com o novo projeto que estava nascendo. Quanto ao formato há uma agilidade impressionante considerando a duração de um documentário de curta metragem onde as coisas tendem a ser mais condensadas.


Um aspecto interessante em documentários e que aqui ganha um diferencial é a questão do Ponto de Vista que exemplifica a questão da individualidade e da visão pessoal da banda. Assim é interessante a visão de Gem sobre a qualidade musical de Liam e vice versa. Permitindo assim uma visão particular sobre a química de união de um grupo.

“Rak Them Out” se torna mais do que um simples documentário de bastidores ao revelar todo o aparato fílmico e musical, neste caso do clipe da música “Bring the Light” dirigido por Charlie  Lightening. Aliás a própria estrutura do videoclipe diz muito sobre a banda como bem lembra Liam no documentário o clipe é dotado de uma estrutura muito simples de modo que a música da banda prevaleça e se sobressaia.



Rak Them Out” e “StartAnew” (o documentário posterior do Beady Eye , mostrando o processo de lançamento do segundo álbum “BE” são dois filmes que dialogam entre si, representando justamente o antes e o depois da banda. Seria injusto se este ou “Start Anew” são melhor ou pior. O fato é que os dois são bastante representativos no seu período. Pra mim “Rak Them Out” ganha identidade própria enquanto documentário ao adotar o esquema “faça você mesmo”- pelo fato da própria banda estar no comando do filme. É extremamente prazeroso acompanhar os primeiros passos de sua banda favorita ainda mais quando isso provêm do seu próprio olhar.




 *Documentário presente na versão Deluxe do álbum "Different Gear, Still Speeding".





   

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